Foram US$ 4,387 bilhões alocados em novos projetos, incluindo financiamentos de curto prazo e mobilização para investimentos em Parcerias Público-Privadas (PPPs)
São Paulo, 31 de agosto de 2022 — A International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, destinou o valor recorde de US$ 4,387 bilhões (cerca de R$ 22 bilhões) para apoiar o desenvolvimento do setor privado no Brasil no ano fiscal de 2022 (1º de julho de 2021 a 30 de junho de 2022). Os projetos envolvem investimentos para enfrentar os principais desafios de desenvolvimento do país, ajudando a aumentar a competitividade e produtividade, melhorar a conectividade, reduzir as lacunas em infraestrutura e promover a sustentabilidade. Os recursos da IFC incluem financiamentos de curto e longo prazo, investimentos em equity e mobilizações de outras instituições financeiras.
O incremento do portfólio no Brasil é resultado do protagonismo da IFC para atuar de forma contracíclica e mitigar os efeitos da pandemia da Covid-19. O impacto gerado pelos projetos está, por exemplo, no aumento da oferta de financiamento para pequenas e médias empresas (PMEs), apoio ao empreendedorismo feminino, estímulo à criação de novos mercados e geração de empregos. O montante aprovado foi 27,5% superior ao do ano fiscal de 2021 (US$ 3,441 bilhões), que já tinha sido recorde desde o início da atuação da IFC no país, em 1957. O atual resultado fortalece a posição do Brasil como o maior portfólio da IFC na América Latina e no Caribe e o segundo no mundo, atrás apenas da Índia.
"A expansão da presença e do portfólio da IFC demonstra que o Brasil é um país estratégico para nós, e que está preparado para garantir uma recuperação econômica verde, resiliente e inclusiva, com o apoio do setor privado," afirma Carlos Leiria Pinto, Gerente Geral da IFC no Brasil. "Uma das prioridades estratégicas da IFC no Brasil é ajudar o país a conciliar seu crescimento econômico com as metas de sustentabilidade ambiental, e este foi um dos grandes destaques dos nossos projetos nesse período: ajudar a fortalecer a resiliência climática de setores-chave da economia brasileira", acrescenta.
Do total de recursos destinados em 2022, US$ 3,726 bilhões foram para financiamento de longo prazo, sendo US$ 2,463 bilhões mobilizados com outras instituições financeiras, cumprindo o papel da IFC de atrair capital e novos investidores para o país. A instituição também atuou no financiamento de curto prazo ao comércio para manter os negócios de importação e exportação, com aprovação de US$ 660,8 milhões. As mobilizações para apoiar os projetos de Parcerias Público-Privadas (PPPs) alcançaram quase US$ 2 bilhões, com destaque para os projetos de ferrovias, rodovias e iluminação pública.
Primeiro Blue Loan na América Latina- Os investmentos da IFC priorizaram setores fundamentais para a economia brasileira, como água e saneamento, agronegócio, energias renováveis, finanças verde e financiamento para PMEs, incluindo empresas lideradas ou de propriedade de mulheres. A IFC também prestou serviços de consultoria, oferecendo um portfólio de projetos para melhorar o ambiente de negócios e a política de investimentos no país. Os projetos se caracterizaram por uma abordagem inovadora, como o primeiro blue loanexclusivo na América Latina para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), uma das maiores empresas de água e saneamento do mundo. Blue loan é um instrumento inovador pelo qual os fundos arrecadados são certificados e monitorados para garantir o uso sustentável dos oceanos para o crescimento econômico e melhorias dos meios de vida. O financiamento de R$ 760 milhões será utilizado como parte do Programa Novo Rio Pinheiros para financiar investimentos voltados à melhoria da qualidade da água e expansão da coleta e tratamento de esgoto nos bairros mais vulneráveis de São Paulo.
A IFC está apoiando a SABESP por meio da iniciativa Utilities for Climate (U4C),que combina serviços de consultoria e investimentos para ajudar concessionárias de água a lidar com suas necessidades mais urgentes e estabelecer relacionamentos de longo prazo. Por meio da plataforma, a empresa solicitou o apoio da IFC na realização de um diagnóstico de seu Plano de Ação de Redução de Água Não Faturada.
No ano fiscal de 2022, 62% dos financiamentos de longo prazo realizados com recursos próprios da IFC (US$ 783 milhões) tiveram um componente climático, isto é, envolveram soluções para apoiar a mitigação das mudanças climáticas. Entre eles estão os recursos aprovados para os bancos Alfa, Itaú e BV para financiar a aquisição de veículos sustentáveis. A Usina Santa Adélia também recebeu recursos para ampliar a produção de etanol, renovando as plantações de cana-de-açúcar com técnicas agrícolas inovadoras e gerando energia renovável a partir do bagaço. Além disso, o banco ABC Brasil vai destinar os recursos repassados pela IFC para iniciativas de descarbonização na agricultura (como, por exemplo, projetos de agricultura inteligente para culturas com certificação qualificada de cana-de-açúcar, café e laranja).
A IFC aprovou ainda seu primeiro supergreen loan para uma distribuidora de energia, a Neoenergia Coelba. O financiamento foi atrelado à metas ESG (Ambiental, Social e Governança, da sigla em inglês) e, caso atendidas, reduzirão o custo do financiamento. Entre as metas estão o aumento do percentual de mulheres eletricistas na empresa e a redução do índice de emissões de carbono em suas unidades.
A instituição global de desenvolvimento também destinou recursos para populações com menor acesso ao crédito com a parceria com a financeira OMNI. O projeto visa atender caminhoneiros autônomos, microempreendedores em regiões menos favorecidas do Brasil, imigrantes e refugiados de baixa renda. Para estimular o empreendedorismo feminino no Brasil, a IFC mobilizou quatro bancos para atuarem com o Banco Daycoval, dentro do programa Banking on Women (BOW), que apoia parceiros e instituições financeiras na sua estratégia de oferecer soluções sustentáveis às empresas pertencentes a mulheres.
Social Loan no setor de saúde – A IFC fez também parceria com o Banco Santander para a emissão do primeiro social loan no setor saúde na região da América Latina e Caribe. Os recursos foram direcionados para aumentar a oferta de crédito à micro, pequenas e médias empresas e profissionais da área de saúde para modernização do atendimento, compra e manutenção de equipamentos médico-hospitalares. O projeto é parte do Global Health Platform (GHP) da IFC, uma iniciativa de US$ 4 bilhões com o objetivo de mobilizar investimentos privados para diminuir as lacunas no fornecimento de serviços de saúde, principalmente após os efeitos da pandemia.
"No Brasil, a IFC busca apoiar a oferta de serviços de saúde acessíveis e de qualidade. Estamos otimistas que nossos projetos na área de saúde, incluindo as PPPs, terão um efeito catalisador, incentivando outras emissões de empréstimos sociais, expandindo o acesso à tecnologia médica e impulsionando o ecossistema nacional de saúde", acrescenta Carlos.
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