A fábrica da LINDAL, em Jundiaí (SP), atende parâmetros de ecoeficiência e reduz impacto no meio ambiente
São Paulo, 11 de novembro de 2021 — A LINDAL do Brasil, em Jundiaí, recebeu a primeira certificação EDGE para uma planta industrial no país. As soluções sustentáveis aplicadas na construção do empreendimento resultaram em uma redução de energia, de água e também na energia embutida nos materiais usados no projeto. O grupo LINDAL é líder mundial no desenvolvimento e fabricação de válvulas e atuadores de aerossóis e está presente em 14 países.
A
certificação EDGE é uma inovação da International Finance Corporation (IFC) que tem como base um software que fornece soluções técnicas para adaptar o projeto do empreendimento a uma construção verde, com resultados ambientais e financeiros positivos. Para obter a certificação EDGE, as empresas devem provar que o design de seu projeto de construção terá uma redução de energia elétrica, água e energia embutida nos materiais de construção mínima de 20% em comparação a uma construção convencional. A planta industrial recém-certificada da LINDAL alcançou uma redução de 30% no uso da energia, 33% no uso da água e de 60% no uso da energia embutida nos materiais usados em relação à um projeto tradicional.
A nova planta industrial da LINDAL foi inaugurada em setembro deste ano, após um investimento de €14 milhões. O projeto, concluído em 10 meses, tem 12.866 m². A ideia da certificação EDGE surgiu ainda no desenvolvimento do projeto, em discussões entre a LINDAL e a gerenciadora da obra.
Marco Manho, da Five Engenharia, responsável pelo gerenciamento da obra, afirmou que "a equipe da LINDAL queria conhecer as opções de construção sustentável, ainda na fase de estudos. Nosso especialista mostrou que o projeto já tinha pré-requisitos para atender boa parte da certificação EDGE e que seriam necessários ajustes pontuais. Vemos que hoje as empresas estão mais focadas em minimizar o impacto ao meio ambiente". Algumas adaptações foram acrescentadas para atender a certificação como, por exemplo, a inclusão de sistema de aquecimento solar, torneiras com economizadores de água, telhados e paredes com isolamento, sensores de ocupação nos banheiros e captação pluvial para reuso.
O Brasil representa o maior mercado de construção verde da América do Sul, tendo já certificado mais de 1.400 edifícios e projetos verdes – residenciais e comerciais. A construção civil é atualmente um dos setores que mais gera resíduos, sendo responsável por quase 40% das emissões de CO
2 na atmosfera. Com isso, é também um setor relevante que pode começar a impulsionar edificações verdes e incentivar a busca por certificações sustentáveis. A IFC projeta uma oportunidade de investimentos em construção verde de US$ 40 bilhões até 2025, com potencial para 450 mil unidades residenciais verdes (dependentes de condições econômicas sujeitas a mudanças).
"A certificação EDGE tem a praticidade de mostrar em números o ganho de eficiência e de economia para o proprietário, seja o projeto uma residência, um comércio ou uma planta industrial. O selo premia as boas práticas e é uma contribuição para mitigar o impacto no meio ambiente. Incentivar edificações verdes é primordial para lançar as bases para uma recuperação econômica sustentável", aponta
Carlos Leiria Pinto, Gerente Geral da IFC no Brasil.
Moacir Camargo, Diretor-Superintendente da LINDAL do Brasil, acrescentou: "o selo EDGE para a nova planta da LINDAL do Brasil representa a primeira certificação para um edifício industrial em todo o Brasil. Nenhum resíduo gerado na planta é enviado para aterros, e uma série de medidas de economia de energia e água foram incorporadas, como sistema de captação de água da chuva e claraboias que fornecem luz natural em até 50% do último andar. Daqui para frente, a LINDAL do Brasil também está fazendo planos para um telhado com painéis solares".
A certificação EDGE é feita em duas etapas: na primeira é analisado o projeto e, na segunda, é validada a implementação após a conclusão da obra. Atualmente, EDGE está presente em mais de 170 países. Inicialmente, foi desenvolvida para ser aplicada em mercados emergentes, mas neste ano ela foi ampliada para atender construções verdes em qualquer país. O investimento em edifícios verdes tem um papel imprescindível para estimular o crescimento da economia de baixo carbono e assegurar a transição para energia limpa.
Em junho de 2021, a IFC anunciou a primeira parceria no Brasil para estimular o mercado de construções verdes, com o Itaú BBA. A iniciativa envolve a capacitação técnica para incorporadoras clientes do banco e serviços de consultoria para identificação de oportunidades no mercado de edifícios verdes, para a certificação EDGE.
Sobre o EDGE
Uma inovação da IFC, o EDGE auxilia incorporadoras a construírem e receberem o selo verde de maneira rápida, fácil e economicamente viável. O EDGE tem como base um software grátis que incentiva soluções para reduzir o uso de água, energia elétrica e da energia utilizada na produção dos materiais de construção em pelo menos 20%, padrão para a certificação EDGE. O programa recebeu o apoio generoso dos seguintes doadores: Governo do Reino Unido, Áustria, Canadá, Dinamarca, ESMAP (Programa de Assistência à Gestão do Setor de Energia), UE, Finlândia, GEF (Fundo Global para o Meio Ambiente), Hungria, Japão, Suíça e Reino Unido. Para mais informações, visite
www.edgebuildings.com.
Sobre a IFC
A IFC — parte do Grupo Banco Mundial — é a maior instituição global de desenvolvimento voltada para o setor privado nos mercados emergentes. Trabalhamos em mais de 100 países, usando nosso capital, conhecimentos técnicos e influência para criar mercados e oportunidades nos países em desenvolvimento. No exercício financeiro de 2021, a IFC alocou o valor recorde de US$ 31,5 bilhões para empresas privadas e instituições financeiras nos países em desenvolvimento, alavancando assim o poder do setor privado para erradicar a pobreza extrema e aumentar a prosperidade compartilhada enquanto as economias reagem aos impactos da pandemia da Covid-19. Para mais informações, visite www.ifc.org.
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