Maputo, Moçambique, 30 de Junho de 2021— Moçambique podia diversificar a sua economia, criar uma base mais ampla para o crescimento e criar mais empregos através da promoção de maior investimento e desenvolvimento do sector privado, em especial nos mercados em ascensão, tais como a agro-indústria e a construção de habitações, segundo um novo relatório do Grupo Banco Mundial.
O relatório do Diagnóstico do Sector Privado de Moçambique (CPSD), preparado pela IFC e pelo Banco Mundial, constatou que Moçambique tem oportunidade de promover um crescimento mais inclusivo e sustentável mediante o aumento da produtividade em sectores-chave, o reforço da política e promoção do investimento e uma melhor integração dos pequenos negócios nas cadeias de fornecimento e projectos de infraestruturas.
O relatório explora igualmente a oportunidade de Moçambique alavancar os seus ricos recursos naturais, como as pescas e o turismo de natureza, e desenvolver simultaneamente os sectores dos transportes, da energia e dos serviços financeiros.
"Moçambique tem um potencial imenso para fazer sua economia crescer, reduzir a pobreza e criar empregos, mas apenas se adoptar medidas que vão atrair e incentivar o investimento e conhecimentos especializados em sectores-chave", disse Hector Gomez Ang, Gerente Regional da IFC para Moçambique, Angola, Botswana e Zâmbia. "O sector privado do país pode ser um motor de oportunidade e de recuperação da COVID-19. A IFC e o Banco Mundial têm grande expectativa no aprofundamento da parceria com Moçambique e para oferecer apoio à criação de mais oportunidades para seu povo", acrescenta Hector.
O relatório, que analisou sectores-chave da economia de Moçambique e apresenta um itinerário para o crescimento, destaca a necessidade urgente de impulsionar o sector privado do país, que é dominado por pequenas empresas informais, em especial na sequência da COVID-19. A pandemia tem sido particularmente dura para os pequenos negócios de Moçambique, em especial nos sectores do turismo, hotelaria e exportação. Os desastres naturais também contribuíram para estes desafios.
"Para reduzir a pobreza e reforçar o papel do sector privado na economia, dado o contexto de fragilidade associado com outras vulnerabilidades, será fundamental que Moçambique adapte o seu modelo de crescimento", afirmou Z. Pswarayi-Riddihough, Director de País do Banco Mundial para Moçambique, Madagáscar, Maurício, Comores e Seychelles, África Oriental e Austral.
Historicamente, o crescimento de Moçambique tem sido sustentado pelo sector extractivo e por projectos de infraestruturas de larga escala. Contudo, esse modelo de crescimento não criou oportunidades de emprego suficientes para uma população nacional em rápido crescimento. Prevê-se que 500 mil jovens entrem no mercado de trabalho anualmente até 2050.
O governo de Moçambique tem um plano quinquenal (2020-2024) que visa criar mais empregos, apoiar o crescimento da economia e aumentar a produtividade mediante a promoção de uma economia mais diversificada e competitiva com enfoque nos sectores da agro-indústria, turismo e nos que se relacionam com as infraestruturas e indústrias extractivas.
Para ajudar a alcançar os objectivos do plano, o relatório recomenda que o sector público e privado de Moçambique trabalhem em conjunto para promover programas de formação de competências e de criação de capacidade destinados a auxiliar os negócios mais pequenos a aproveitar as oportunidades ligadas a grandes projectos de infraestruturas, a desenvolver políticas de abastecimento local que permitam aos pequenos negócios aceder aos mercados e ao financiamento, e a considerar reformas que promovam a concorrência.
O CPSD de Moçambique pode ser descarregado aqui.
Sobre o Diagnóstico do Sector Privado do País (CPSD)
O novo Diagnóstico do Sector Privado Nacional do Grupo Banco Mundial visa identificar sectores onde o sector privado pode criar soluções ou expandir mercados e prestar contributos importantes para o impacto do desenvolvimento. O diagnóstico utiliza uma abordagem estruturada para analisar sectores-chave com o potencial não realizado do sector privado em cada país, seleccionar vários sectores para uma análise mais profunda e recomendar medidas. As análises sectoriais, efectuadas com contributos significativos de equipas de todo o Grupo Banco Mundial e de parceiros externos, fornecem informações valiosas sobre os desafios e oportunidades para melhor alavancar o sector privado com vista a alcançar os objectivos de desenvolvimento. O CPSD está alinhado com a abordagem do Grupo Banco Mundial de Maximização do Financiamento do Desenvolvimento (MFD), que busca soluções no sector privado para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030.
Sobre a IFC
A IFC — membro do Grupo Banco Mundial — é a maior instituição mundial de desenvolvimento com enfoque no sector privado em mercados emergentes. Actuamos em mais de 100 países, utilizando o nosso capital, conhecimentos especializados e influência para criar mercados e oportunidades em países em desenvolvimento. No ano fiscal de 2020, investimos USD 22 mil milhões em empresas privadas e instituições financeiras em países em desenvolvimento, alavancando o poder do sector privado para acabar com a pobreza extrema e promover a prosperidade partilhada. Para mais informações, visite www.ifc.org.
Sobre o Grupo Banco Mundial
O Grupo Banco Mundial tem um papel-chave no esforço global destinado a acabar com a pobreza extrema e a promover a prosperidade partilhada. Compreende cinco instituições: o Banco Mundial, que inclui o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA); a Corporação Financeira Internacional (IFC); a Agência Multilateral para a Garantia do Investimento (MIGA); e o Centro Internacional de Resolução de Diferendos sobre Investimentos (ICSID). Actuando em conjunto em mais de 100 países, estas instituições fornecem financiamento, aconselhamento e outras soluções que permitem aos países responderem aos desafios mais urgentes do desenvolvimento. Para mais informações, visite os sítios
www.worldbank.org, www.miga.org, e www.ifc.org
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