São Paulo, 12 de fevereiro de 2019 – A IFC, membro do Grupo Banco Mundial, e o ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, trabalharão em conjunto para promover iniciativas do setor privado para a população refugiada no Brasil. Este será o ponto de partida para impulsionar, na América Latina, os esforços do setor privado para promover a integração econômica e social das pessoas deslocadas de forma forçada, e criar oportunidades para toda a população da América Latina.
A América Latina enfrenta o maior deslocamento de pessoas da sua história recente, envolvendo a saída de mais de 3 milhões de venezuelanos para países de toda a região, incluindo o Brasil. A IFC e o ACNUR assinaram um acordo para unir esforços e criar soluções inovadoras a fim de superar os desafios de médio e longo prazo enfrentados pelas pessoas refugiadas no Brasil. Ambas instituições buscarão alternativas com o objetivo de mobilizar investimentos e expertise do setor privado para desenvolver novas alternativas de financiamento, promover sensibilização sobre o tema e aumentar o impacto dos recursos públicos.
“Além da assistência emergencial, as populações deslocadas de forma forçada enfrentam desafios para sua integração a longo prazo nos países de acolhimento”, disse Hector Gomez Ang, Country Head da IFC Brasil . “Para enfrentar esses desafios de forma eficaz, é essencial que o setor privado lidere o desenvolvimento de soluções inovadoras para fornecer moradia, criar empregos e facilitar a inclusão financeira dos refugiados”, acrescentou.
No Brasil, as iniciativas lideradas pelo setor privado serão o ponto de partida de um projeto maior da IFC no engajamento desse setor em toda a América Latina para prover respostas às necessidades das populações refugiadas.
“Não podemos resolver a crise migratória fechando portas. A magnitude dessa questão nos leva a repensar nosso modelo de negócios e propor novas perspectivas para a integração de refugiados”, disse José Egas, Representante do ACNUR no Brasil. “Em todos os níveis de atuação do setor privado, devemos oferecer aos refugiados oportunidades para que mostrem seu potencial de contribuição para as comunidades que os acolhem”, acrescentou.
A IFC e o ACNUR já trabalharam antes para ajudar a promover o desenvolvimento econômico e social das populações forçadas ao deslocamento. Em 2018, com o apoio do ACNUR, a IFC realizou um estudo para avaliar o potencial de investimento do setor privado no Campo de Refugiados de Kakuma, no Quênia. Além disso, também com o apoio do ACNUR, a IFC está trabalhando com a IrisGuard, uma empresa jordaniana especializada em tecnologia de leitura de íris, para aumentar a inclusão financeira de refugiados sírios na Jordânia.
Sobre a IFC
A IFC, instituição irmã do Banco Mundial e membro do Grupo Banco Mundial, é a maior instituição de desenvolvimento do mundo voltada para o setor privado em mercados emergentes. Trabalhando com mais de 2.000 empresas em todo o mundo, usamos nosso capital, expertise e influência para criar mercados e oportunidades nas áreas mais difíceis do mundo. No exercício fiscal de 2018, nossos investimentos de longo prazo nos países em desenvolvimento atingiram um valor recorde de US$ 19,3 bilhões, alavancando a força do setor privado para ajudar a colocar fim à miséria e estimular a prosperidade compartilhada. Para mais informações, visite www.ifc.org
Sobre o ACNUR:
O ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, é uma organização global dedicada a salvar vidas, proteger os direitos e construir um futuro digno para refugiados, deslocados internos e pessoas apátridas. O ACNUR lidera as ações internacionais destinadas a proteger as pessoas forçadas a fugir de suas casas devido a conflitos, perseguições e violações dos direitos humanos. A agência presta assistência para salvar vidas e desenvolve soluções que garantem que as pessoas tenham um lugar seguro que possam chamar de lar e, assim, construir um futuro melhor. O ACNUR também trabalha para garantir que as pessoas apátridas tenham uma nacionalidade. Para mais informações, acesse www.unhcr.org .
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